Como todo geek, cada lançamento de gadget é uma tentação, sempre queremos ter em nossas mãos todas as novidades.
Os e-readers agora estão em alta, cada dia sai uma nova versão, disputas entre e-readers e tablets e o tão falado possível fim do livro de papel.
Dentre todos os e-readers, na crista da onda está o Kindle da Amazon. Já tive inúmeras oportunidades de ter um em minhas mãos e a oportunidade de comprar um, mas consegui resistir à tentação e seguir minha filosofia de comprar somente o que realmente preciso.
Para definir algo como necessário para mim, eu tive que me fazer a seguinte pergunta: Para que eu precisaria de kindle?
Quem me conhece sabe que sou um apreciador da leitura. Meus avós maternos com quem convivi bastante na minha infância, não chegaram a fazer/completar o segundo grau, mas valorizavam muito o estudo, e meu pais apesar de não terem curso superior*, gostavam muito de ler e valorizavam bastante a leitura, assim fui criado em meio a uma biblioteca bem vasta e rica, com coleções da Barça, La Rousse, romances, cronicas e tudo mais que você possa imaginar.
Passei boa parte da minha infância e juventude lendo esses livros, e quando eu já tinha lido todos eu comecei a frequentar bibliotecas publicas e da escola. Assim, adquiri o habito da leitura e o apreço por livros, aprendi a apreciar cada passagem de paginas e sentir o cheiro de um livro novo ou o cheiro dos livros antigos de paginas amareladas!
A ideia não era aprender novidades, era conhecer aquilo que já era conhecido e bem documentado, era conhecer o mundo que existiu e existe, e assim entender um pouco do que virá. Era poder me perder nos romances, nas cronicas, nas fabulas e nos diálogos teatrais. Eu gosto de ter o livro, passar pagina por pagina, guarda-lo na minha estante e quando eu quiser le-lo novamente, ele está ali ao meu alcance. Seguir coleções, adquirir trilogias, ler a orelha do livro… ou seja, existe todo um ritual que cerca a leitura.
Mas, eu também gosto da liberdade de saber que depois que eu adquiro um livro ninguém poderá vir toma-lo de mim enquanto estiver lendo ou remove-lo da minha estante. Historicamente, bibliotecas sempre foram o alvo de quem queria dominar ou manipular a informação, depois que a leitura se “popularizou” todos tem versões dos livros em sua casa, o que daria muito mais trabalho excluir por completo qualquer publicação.
Com o livro digital nos formatos atuais, um livro pode sumir do mapa facilmente, a Amazon pode fazer o que ela já fez anteriormente e com um comando excluir qualquer livro, mesmo dentro do seu aparelho. Você pode ter todos os seus livros ali no seu computador no formato da amazon, mas e se a amazon acabar e seu computador perder o hd?
Então, você pode levantar a bandeira ecológica e dizer que dessa forma estávamos salvando as arvores de virarem papel. Mas você já pensou em quanta energia é gasta para manter os servers da amazon funcionando? E o seu computador para realizar o sync, ou mesmo recarregar o seu kindle?
Eu gosto da tecnologia do kindle, mas não gosto do modelo de negócios, principalmente com a diferença ínfima de preço de muitos títulos “analogicos” para os digitais. Acredito que o modelo que me agradaria bastante, seria comprar o livro de papel e poder ter uma versão digital, para leituras em momentos aleatórios, como filas, viagens e etc. Fora isso, continuo um leitor a moda antiga e espero não ser um saudosista daqui a 20 anos.
* Nota do autor: Minha mãe está prestes a se formar, não é para se orgulhar?
Aparantemente nos Estados Unidos é uma prática muito comum levar uma mala de tamanho bem razoável que qualquer pessoa normal e com senso critico de coletividade a despacharia.
Some isso aos aviões da American Airlines em que todos os voos são vendidos com overbooking, você tem aí um caos! Engraçado é na hora que não tem mais espaço para colocar malas no lugar das bagagens de mão eles pegam as bagagens que não conseguiram se encaixar e despacham, aí todo mundo reclama porque vai ter que ir retirar a bagagem na estera, só por causa disso!
Você acha isso que eu disse ruim? Lembre-se, nada é tão ruim que não possa piorar! Tive a oportunidade totalmente desprazerosa de viajar com mexicanos e peruanos e afirmo, eles não despacham nenhum tipo de bagagem! Um único sujeito estava com: uma mala de rodinhas, uma mochila grande nas costas, uma mochila cheia na mão, uma bolsa cheia e duas sacolas na mão, e sim, ele embarcou com tudo isso. O mais interessante e que perto dele tinha uma família inteira, cada um seguindo o mesmo estilo de carregar bagagens. Sério, isso é muita falta de educação e senso coletivo!
As malas brasileiras… Todas as vezes em que passei pela imigração no Brasil e havia chegado mais de um voo internacional tinha um fila, até aí tudo bem. O problema é que todos os brasileiros estavam reclamando, dizendo que era um absurdo passar por uma fila daquela, usando piadinhas do tipo “bem vindo ao Brasil” “agora sim estamos no Brasil” “só no Brasil tem isso”. Ô minha gente, não digam besteiras, qualquer país com trafego muito alto de pessoas que você for você verá filas, nenhum daqueles que estavam chegando reclamaram da fila para entrar nos EUA, ou na Espanha, ou na França. Mas volta para o Brasil com o rei na barriga e vem reclamar.
Como você já deve saber, ou não, eu estou morando em São Paulo, então aí vai algumas coisas interessante que notei aqui.
– Carros com farol bem baixo ou apagado a noite: aparentemente, as leis em São Paulo são diferentes, ou a policia simplesmente ignora mesmo.
– Motoqueiros não economizam buzina: eles andam buzinando o tempo todo e eu acredito que isso ajude a aumentar a tensão no transito, juntamente com o barulho ensurdecedor do escapamento das motos.
– Aqui não tem contra-cheque: quando você recebe o pagamento em São Paulo você não tem contra-cheque, mas sim holerite.
– Nota fiscal paulista: A ideia é interessante, mas é um saco ouvir toda hora “_ Nota fiscal paulista, senhor” e se a resposta for positiva ter que ditar o cpf. Mas eu não ligo, já que o governo vai me devolver um pouco de dinheiro, que já era meu, mas eu me iludo achando que estou ganhando.
– Cachorro quente com pure de batata: sim, aqui é assim!
– Pizza de calabresa, só tem calabresa: Quando você pensa em pizza, na sua mente você já mentaliza massa, queijo e oregano + complemento. Aqui não, a pizza de calabresa não tem queijo.
– A melhor pizza do mundo: todos os paulistanos acreditam seriamente que eles tem a melhor pizza do mundo, ou pelo menos do Brasil. Sinto informar amigo, mas exceto por não ter queijo na pizza de calabresa, ela é igual a qualquer outra.
– Os manos, pô, as minas, pá!: Mano e mina são palavras comum no vocabulário paulistano, todo mundo aqui fala isso o tempo todo e nas partes mais inimaginaveis da frase. É bem estranho ver pessoas de idade, executivos e mulheres dizendo: ô mano!
– O ciclo do transito: Todo mundo tem carro porque usar o transporte coletivo é muito demorado, e andar de onibus é muito demorado porque tem muito transito.
– Todas a garotas/mulhers usam alianças: mulheres entre 18 e 25 anos tem como acessorio da moda aqui aliança, seja ela de prata ou de ouro, na mão esquerda ou na direita, e isso não se aplica no lado masculino. Ou seja, algo está errado!
– Por ultimo e não menos importante, existem muitas ruas com meu nome aqui, inclusive a rua lateral ao escritório do Google e que ilustra esse post. Aparentemente, os paulistanos me amam =)